UMA BENZEÇÃO do mestre, impregnar de aroma a banda e o seu pífano, ao saírem pelas ruas. Nesses cortejos, a música do “terno de pife”, faz transpor a alegria em cada rosto, se arrefecem os corações, e as pessoas se doam para ajudar nas festas dos santos, atualmente, realizadas em menor proporção, mas que se mantêm vivas, as duras penitências.
MÚSICA E PERFUME têm muito em comum,ambas carregam lembranças, memórias, que afloram os sentidos.Quando começamos a retomar a tradição de banda de pífano de tocar em novenas e festas de padroeira na região as pessoas seguiam a banda com lágrimas nos olhos: “Essa música me faz lembrar os meus pais. Essa música não a escuto desde quando eu era criança.”
INIMAGINÁVEL, será talvez ter essência nesses catingais semimortos, nascer de terras brocadas, cultivar no seco na esperança do horto. E nessa contradição histórica, a sapiência se fez casulo preservando o fruto da paixão da nossa identidade, que agora criou asas, aperfeiçoando o padrão estético de nossa criação musical, em detrimento, do desencanto, da humilhação, da massificação midiática de só te oferecer produtos de consumo sem validação. Queremos a música integral, laborada de poesia e aromas, do verdejar da esperança.
Pífano, rabeca e voz: Douglas
Zabumba: Thalys Marverick
Baixolão e surdo: Nanido
Pífano e violão: Laudivan
Caixa, pratos: Tony Herlles
Pratos e triângulo: Redlhey
MONTEIRO – PB
Fones: (83) 99803.7971
Nenhum comentário:
Postar um comentário